A Doença
Quando minha irmã adoeceu tão gravemente, e porque é sempre nos limites da vida que nos perguntamos, eu desejei que ela se pudesse agarrar ao sentimento e apoio que a crença traz.
Para minha surpresa dei-me conta que a Josélia tinha dentro dela recursos (espirituais?) imensos, que tenho a certeza a têm ajudado muito. É como se dentro dela tivesse havido um verdadeiro renascimento, um reavivar de uma sabedoria adormecida.
Quando minha irmã adoeceu tão gravemente, e porque é sempre nos limites da vida que nos perguntamos, eu desejei que ela se pudesse agarrar ao sentimento e apoio que a crença traz.
Para minha surpresa dei-me conta que a Josélia tinha dentro dela recursos (espirituais?) imensos, que tenho a certeza a têm ajudado muito. É como se dentro dela tivesse havido um verdadeiro renascimento, um reavivar de uma sabedoria adormecida.
Tenho a certeza que o trabalho de auto-conhecimento e de auto-aceitação têm sido verdadeiros alicerces para se manter. Penso igualmente que lhe é exigido um trabalho hábil, guiado por uma grande sensibilidade e perícia.
Uma vida espiritual, seja ela de que natureza for, é indispensável à saúde psicológica. Claro, que como tudo na vida, quando não se conhece a situação fica-se perplexo, depois o hábito é uma segunda natureza e a visão emocional muda muito. Tudo o que jamais tínhamos imaginado passa simplesmente a fazer parte de vida.
Penso que igualmente pelo facto da doença ser incurável teve necessidade de concentrar a mente. Assim, a meu ver, a minha irmã começou a esquematizar o dia a dia, o que provavelmente em outras circunstâncias não teria feito. Graças à imensa capacidade mental e pragmática, tem conseguido transformar a "má sorte", e isso, talvez para ela, pese menos do que para outros.
Não tenho dúvida que a minha irmã se agarrou na doença ao sentimento do afecto, tendo igualmente interiorizado a ideia de que a vida segue o seu curso. Obviamente que há dias muito dificieis, com muitas lágrimas e sofrimento, mas na generalidade ela tem conseguido trabalhar de uma maneira criativa os acontecimentos que fazem parte de sua existência.
Utiliza com frequência recursos interiores inimagináveis para sobreviver naquele dia… e depois, é um dia de cada vez.
5 Comments:
At March 30, 2007 9:19 PM, Maria Romeiras said…
Boa noite. Já não visitava este espaço há algum tempo. Hoje estive em contacto com uma situação paralela. Curiosamente encontro aqui a resposta que falta em todas as situações... afecto. O que nos dá força. Ainda bem que este blog foi criado, bem haja. Um beijo.
At August 23, 2007 8:29 PM, lady.bug said…
Fiquei muito sensibilizada com a reportagem que acabei de ver no Canal 1. Um exemplo de força e de coragem.
At October 04, 2007 1:41 AM, Anonymous said…
bia
At March 16, 2008 10:31 PM, Anonymous said…
Nao sei se a minha mensagem vai ai chegar, nao tenho experiencia destes 'blogs'.
Penso sempre em ti, estas presente em cada momento na minha vida.
Lembras-te das casinhas que eu fazia contigo, colocando a coberta da cama por cima de nos a fingir que chovia la fora e eu te punha no meu colo?
Lembras-te dos bibes que eu te fazia, tinha eu uns 13 anos e tu
uns 8?
Lembras-te dos circos na cama?
É isso que vale a pena lembrar sempre: os momentos felizes que partilhamos debaixo do mesmo telhado, rodeadas por uma familia maravilhosa e uma vida simples e saudavel.
Mil beijos desta tua irma,
Graciete.
At March 16, 2008 10:58 PM, Anonymous said…
Noticiario Aljustrelense:
Esta simpatica vila esta totalmente apavorada com um acontecimento muito estranho que se esta a passar todas as noites, nas ruas de Aljustrel. A altas horas, uma figura alta, totalmente coberta com uma capa negra e uma corrente de ferro presa a uma perna, caminha pelas ruas desta vila, fazendo um enorme barulho. O povo aterrorizado resolveu por trancas as portas e o ferro esgotou-se ja na oficina do
Sr. Caminhas.
Chamam-lhe de "MEDO" e o pessoal nao fala noutra coisa durante o dia. Se as autoridades locais nao conseguirem descobrir este grande misterio, nao terao outro remedio senao pedir auxilio ao estrangeiro. E esta, hem?
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