Curry Cabral:
Josélia é um dos doentes crónicos ventilados
“Eu gosto de viver”
São três e formam uma espécie de família, da qual fazem parte os enfermeiros que os assistem. São doentes crónicos ventilados e totalmente dependentes de cuidados de enfermagem. O Miguel fez ontem 35 anos. Tem paralisia cerebral e a mãe todos os dias à cabeceira. Ele não comunica, mas a mãe, a quem os médicos disseram que o filho não sobreviveria além dos oito anos de idade, sabe que Miguel gosta de música calma e sente que o olhar do filho a acompanha quando se desloca na Unidade de Doentes Crónicos Ventilados do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Foi por causa dela que Maria Cavaco Silva visitou ontem o Miguel, a José lia e o Paulo.
Josélia tem esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada aos 41 anos. Passaram 18. Josélia está paralisada e não emite sons, mas mexe a boca de modo a que a enfermeira a entenda. "Eu gosto de viver", diz a Maria Cavaco Silva, contando os seus projectos, como o de assistir a um concerto de Andrea Bocelli. O Paulo prefere os Black Eyed Peas. Era militar quando sofreu o traumatismo vertebro-medular que o paralisou. Fala baixo. É o que há menos tempo se viu preso a uma cama. Josélia e Miguel vivem assim há quase dez anos.
"O País pode fazer muito por estas pessoas", acredita Maria Cavaco Silva, que, convidada na ‘casa’ de Josélia, Miguel e Paulo, manteve, sem quebras, a boa disposição, justificando: "Eles dão-nos força." Os três foram antes mantidos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). "Quando vi a mãe do Miguel com ele ao colo, entre as máquinas, e pessoas entre a vida e a morte decidi criar a unidade de doentes crónicos ventilados", lembra o director da UCI, Luís Mourão.
PORMENORES
DOENTES
Nem todos os doentes ventilados são totalmente dependentes de cuidados de enfermagem. O médico Luís Mourão estima que haja cerca de 20 a 25 situações no País.
HUMANIZAÇÃO
Humanização e diminuição do nível de cuidados são os princípios básicos da unidade de doentes crónicos ventilados do Curry Cabral, criada há quatro anos.
ENFERMEIROS
O médico fundador da unidade, Luís Mourão, sublinha a mobilização da equipa de enfermagem que, por exemplo, levou Josélia ao Cabo da Roca e a festas familiares.
Isabel Ramos
Josélia é um dos doentes crónicos ventilados
“Eu gosto de viver”
São três e formam uma espécie de família, da qual fazem parte os enfermeiros que os assistem. São doentes crónicos ventilados e totalmente dependentes de cuidados de enfermagem. O Miguel fez ontem 35 anos. Tem paralisia cerebral e a mãe todos os dias à cabeceira. Ele não comunica, mas a mãe, a quem os médicos disseram que o filho não sobreviveria além dos oito anos de idade, sabe que Miguel gosta de música calma e sente que o olhar do filho a acompanha quando se desloca na Unidade de Doentes Crónicos Ventilados do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Foi por causa dela que Maria Cavaco Silva visitou ontem o Miguel, a José lia e o Paulo.
Josélia tem esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada aos 41 anos. Passaram 18. Josélia está paralisada e não emite sons, mas mexe a boca de modo a que a enfermeira a entenda. "Eu gosto de viver", diz a Maria Cavaco Silva, contando os seus projectos, como o de assistir a um concerto de Andrea Bocelli. O Paulo prefere os Black Eyed Peas. Era militar quando sofreu o traumatismo vertebro-medular que o paralisou. Fala baixo. É o que há menos tempo se viu preso a uma cama. Josélia e Miguel vivem assim há quase dez anos.
"O País pode fazer muito por estas pessoas", acredita Maria Cavaco Silva, que, convidada na ‘casa’ de Josélia, Miguel e Paulo, manteve, sem quebras, a boa disposição, justificando: "Eles dão-nos força." Os três foram antes mantidos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). "Quando vi a mãe do Miguel com ele ao colo, entre as máquinas, e pessoas entre a vida e a morte decidi criar a unidade de doentes crónicos ventilados", lembra o director da UCI, Luís Mourão.
PORMENORES
DOENTES
Nem todos os doentes ventilados são totalmente dependentes de cuidados de enfermagem. O médico Luís Mourão estima que haja cerca de 20 a 25 situações no País.
HUMANIZAÇÃO
Humanização e diminuição do nível de cuidados são os princípios básicos da unidade de doentes crónicos ventilados do Curry Cabral, criada há quatro anos.
ENFERMEIROS
O médico fundador da unidade, Luís Mourão, sublinha a mobilização da equipa de enfermagem que, por exemplo, levou Josélia ao Cabo da Roca e a festas familiares.
Isabel Ramos
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